segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sono de Inverno

Ser ou não ser Charlie, eis a questão. Que tempo este que vivemos! Há dias escrevi um pequeno texto em que me solidarizava com os muçulmanos de todo o mundo, pois sinto que são eles que mais estão a sofrer com os ataques terroristas e com a islamofobia. O filme turco «Sono de Inverno», que fui ver por acaso (mas não há acasos!) depois de ter ouvido na rádio uma crítica que lhe era amplamente favorável, mostrou-me que ser muçulmano, na laica turquia, é muito diferente de andar a atacar semanários com caricaturas muito frequentemente de mau gosto publicados em Paris. Saí contente e reconfortado do filme... Saí solidário com os muçulmanos, eu que já tenho tido inclinações anti-islâmicas - e por isso me penitencio... Agradeço à crítica favorável na rádio, que apenas aparentemente me chegou por acaso aos ouvidos... Não, não foi uma casualidade, eu estava no lugar certo na hora certa, para ouvir aquela crítica e para querer ver o filme... Caiu em mim uma bomba de sinal contrário, pois em vez de morte, um filme passado na islâmica Turquia insuflou-me de vida e de compaixão, de sentimento de fraternidade com toda a humanidade... Somos todos irmãos, não tenho dúvidas. E também os ateus são nossos irmãos - pena que às vezes gostem de fazer publicações de muito mau gosto, que ofendem sensibilidades religiosas.
Ser ou não ser Charlie, eis a questão. Peço a Deus, seja o cristão ou o muçulmano (afinal Ele é só Um) que acolha as vítimas do ataque de Paris. Algo eu sei: Ele não discrimina entre ser Charlie ou não ser Charlie, pois Ele é em Si o Reino da Liberdade e da não coação... Ele é a Luz, muito mais do que a cidade das Luzes, habitada por homens com as suas paixões e os seus desvios...

J.R.




         

sábado, 17 de janeiro de 2015

Coleção contado às crianças adultas começa a ser publicada muito brevemente

São dezoito os autores de língua portuguesa até agora biografados poeticamente. Em breve começarão a ser publicados, e espera-se que já na próxima feira do livro estejam representados  Cecília Meireles, Eça de Queirós, Pêro Vaz de Caminha e Fernando Pessoa.
Jorge Chichorro Rodrigues

domingo, 28 de outubro de 2012

«Malhas que o Destino Tece» nasceu em Faro (II)

Esqueci-me de referir, no texto que escrevi há pouco, duas figuras que surgem em «Malhas que o Destino Tece». Uma é a fadista maior de Portugal, Amália Rodrigues, com quem me cruzei fugazmente, estava ela já no fim da vida; e a outra figura é o ministro Nuno Crato, com quem me cruzei também fugazmente, nos meus passeios de bicicleta no passeio marítimo de Oeiras.

«Malhas Que o Destino Tece» nasceu em Faro

O Elos Clube de Faro, empenhado na defesa da cultura e do mundo de língua portuguesa, foi incansável no apoio à publicação de «Malhas que o Destino Tece». Este livro é uma compilação de cinquenta e seis textos com um cariz profundamente autobiográfico, escritos na primeira pessoa, sendo, em cada um deles, visitada uma personalidade que, de alguma forma, «tocou» o autor. Na capa vê-se a esfera armilar, e laços atravessam-na, sugerindo «abraços ao mundo». As oito bandeiras dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa aparecem em baixo, por ordem alfabética, representando o universo lusófono, que surge ao longo dos cinquenta e seis textos. Portugal ocupa um lugar privilegiado, e lendo-se as sucessivas crónicas viaja-se por Lisboa, linha de Cascais, Sintra, Porto, Coimbra, Alcochete, Monsanto, Nazaré, Algarve, ou Santa Maria, nos Açores.  O Brasil está presente com o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Salvador da Baía. Bissau, onde fui professor, surge através de uma sua embaixadora, a «Dona Berta». Há referências a Moçambique, a Angola, a Cabo Verde, a comunidades portugueses espalhadas pelo mundo, e Timor-Leste surge, de forma misteriosa, a «completar» este mundo. Mas são as PESSOAS que, acima de tudo, se encontram em «Malhas que o Destino Tece», título inspirado no verso pessoano «Malhas que o Império Tece». Começa-se pelo próprio PESSOA, com um texto premiado; depois, outro texto premiado, dedicado a um grande amigo de Portugal, o saudoso Embaixador Dário Castro Alves, muito meu amigo. Viaja-se em seguida pelas figuras mais díspares, entre as quais poderei destacar um bisneto de Eça de Queirós, um primo genealogista, uma reclusa da prisão de Tires, um atirador especial descendente do poeta Correia Garção, um político (Dr. Álvaro Cunhal) em quem eu quis ver o «homem por detrás da máscara», um filósofo (Agostinho da Silva), o muito saudoso Dr. Henrique Barrilaro Ruas, o Dr. Baltazar Rebelo de Sousa, um jogral «U-Tópico», um grande pensador (Eduardo Lourenço), um grande humorista (Jô Soares)... Aparecem também familiares, amigos, ex-professores meus, entre um mar de vivências. Procuro com «Malhas que o Destino Tece», um livro que foi «vivido a cem por cento», dar testemunho de um modo de estar no mundo, que é o nosso, herdeiros de Camões, de Pessoa, de Machado de Assis... Foi o meu amor a Portugal e ao mundo de língua portuguesa que me fez escrever as sucessivas crónicas. Vivi cada palavra, cada vírgula e, após o contacto com o Elos Clube de Faro (cuja Presidente, CE Dina Lapa Guedes de Campos, me conhecera na entrega dos prémios do concurso literário comemorativo dos 50 anos do Elismo) pensei que fazia todo o sentido associar-me ao mesmo para a publicação deste meu livro. Agora há que fazê-lo crescer, mais e mais, divulgando-o e fazendo-o chegar às mãos de um número crescente de leitores. Por amor à nossa Língua e à nossa Cultura!
Jorge Chichorro Rodrigues 

sábado, 14 de abril de 2012

Novo Grupo No Facebook

Venho por este meio deixar-vos o link do meu novo Grupo do Facebook :

Malhas Que O Destino Tece

Grupo Facebook : http://www.facebook.com/groups/244704812293910/

Saudações

Venho comunicar que acabo de criar o blogue «Malhas que o destino tece».
          Jorge